Como parte das iniciativas do Novembro Negro, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) protocolou o PL 5296/2020, que proíbe homenagens, em monumentos públicos, estátuas, totens, praças e bustos, a proprietários e traficantes de pessoas escravizadas e a pensadores que defenderam e legitimaram a escravidão. Assinado em parceria com Áurea Carolina e Orlando Silva, o PL surgiu a partir de uma articulação com o site Galeria de Racistas, que reúne o Coletivo de Historiadores Negros Teresa de Benguela, o site antirracista Notícia Preta e um coletivo de publicitários pretos.
Sobre a Galeria de Racistas
O projeto Galeria de Racistas é uma exposição online com mais de 150 monumentos racistas que, ao longo da história, foram instalados em diversos locais públicos do Brasil. O site é uma ação afirmativa que tem como objetivo expor a verdadeira história dos escravagistas exaltados que apenas servem como forma de perpetuar o racismo.
“Há anos a arte é usada da sua pior forma: para homenagear escravagistas. Uma galeria permitida pelo Estado em todo o Brasil. Quanto mais racistas expostos, mais rápido acaba a exposição”, explica o historiador Jorge Santana, um dos curadores da Galeria de Racistas.
O projeto é uma forma de provocar na sociedade a mesma reflexão causada por outros protestos ocorridos no mundo.
O coletivo catalogou monumentos com sua exata localização para os internautas também possam denunciar e pressionar o poder público para que estas homenagens sejam retiradas imediatamente das ruas do país.